sábado, 21 de fevereiro de 2009

A fantástica fábrica de dinheiro

Um plano mirabolante arquitetado silenciosamente durante as primeiras semanas das Segunda Guerra Mundial pretendia arruinar a economia inglesa.

A idéia era espalhar pelo reino Unido milhões de libras falsificadas.

O enredo do esquema pouco conhecido,narrado em Os falsários de Hitler,do jornalista americano Lawrence Malkin,lembra uma obra de ficção,mas o autor garante : é tudo verdade.

O plano inicial era espalhar uma quantidade de notas falsas equivalente a 30 % da moeda em circulação.

Além dos nazistas,a sabotagem foi protagonizada por prisioneiros judeus,banqueiros, especialistas em lavagem de dinheiro,investigadores e, como o autor descreve,”patifes em geral”.

Para os judeus,a missão representou uma pausa no caminho da câmera de gás,o sucesso ou o fracasso dela,porém,trazia a volta a dúvida quanto ao próprio destino.

O oficial Bernahrd Krueger,que comandava a operação,logo localizou nos arquivos criminais o falsário ideal,Salomom Smolianoff- o sujeito teria falsificado dinheiro na prisão com uma chapa de gravação escondida nos sapatos.

Para a sorte dos nazistas,ele era judeu e estava em um campo de concentração.

Sob orientação especializada,a mão-de-obra judaica faz a indústria funcionar durante a guerra.

Após o conflito,Smolianoff tentou manter-se na atividade,viveu em Roma,onde se casou,até que a polícia italiana começou a investigar dólares falsos que circulava no mercado negro.

Em 1947,veio para a América do Sul e, em 1955,estabeleceu residência definitiva em Porto Alegre,no Brasil.

Ao que tudo indica,aqui montou uma fábrica de brinquedos e viveu honestamente.

O ofício de criminoso já estava comprometido pelo mal de Parkinson,doença que o matou em 1977

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